quarta-feira, 6 de setembro de 2017

O Espiritismo, em qualquer de seus ramos (kardecista, afro-brasileiro, espiritualismo), não é compatível com uma sã consciência. Só quem se deixou levar pelos sentimentos e pelos supostos mistérios é que ainda dá valor a essas doutrinas.
Eis as razões:


1. A comunicação com espíritos é uma ilusão


É pressuposto básico do espiritismo a comunicação com os mortos. Porém, não há nenhum caso de suposta comunicação com espíritos que não seja explicável pela ciência atualmente, particularmente pela parapsicologia. A parapsicologia surgiu - paradoxalmente - entre os primeiros "espíritas", que queriam  provar que fenômenos estranhos eram oriundos de espíritos. Mas as pesquisas foram progredindo e ficou demonstrado, - hoje temos vasta documentação - que todos os fenômenos extranormais e paranormais têm origem no homem, no seu psiquismo e no seu corpo.

Muitos que acreditavam na comunicação dos mortos com os vivos tentaram um experimento para provar sua possibilidade. Acabaram provando a impossibilidade. É a experiência das senhas.
No Brasil, o experimento com senha mais famoso (embora nenhum espírita conheça ou queira conhecer) é do escritor Monteiro Lobato, envolvendo o charlatão Chico Xavier (se você aqui se ofendeu, por favor, dê uma chance à sua inteligência, continue lendo). 
O experimento é simples: alguém deixa algo em segredo, em envelopes lacrados, em cofres, com testemunhas diversas, e após a morte as testemunhas aguardam algum médium "invocar" o morto que revelará o segredo guardado.
José Bento Monteiro Lobato, antes da sua morte, acontecida em 1948, deixou duas senhas em envelopes lacrados: uma com Dona Ruth Fontoura (do laboratório Fontoura), e outra com o juiz e também famoso romancista Dr. José Godofredo de Moura Rangel, de Três Pontas (Minas Gerais), grande amigo de Monteiro Lobato. 
O psicógrafo Francisco Cândido Xavier afirmou que sua mão escrevia movida pelo espírito de Monteiro Lobato e assim fez fama. O que, porém, nem Chico, nem seus propagandistas sabiam, era da existência das senhas com as quais Monteiro Lobato queria que se verificasse se realmente era ele quem se comunicaria do além, ou se tudo não passava de qualidades psicológicas e parapsicológicas dos médiuns. Nunca foi descoberta as senhas, hoje já abertas. 
Também não apareceu a senha deixada com o Dr. Godofredo Rangel. Ele próprio o noticiou amplamente. Declara o jornalista e político Cecílio Karam: 
"Tendo sido amigo do saudoso Monteiro Lobato e seu companheiro na luta do petróleo e tendo o conhecimento do pacto entre ele e Godofredo Rangel, desejo dar o meu testemunho com referência a esse acontecimento... Realmente houve o acordo entre ambos e ficou assentado que o primeiro entre eles que morresse enviaria do além uma mensagem ao sobrevivente. Combinou-se fazer cada um uma senha e para evitar possíveis fraudes, as senhas foram fechadas em envelope lacrado e guardadas em cofre... Falecido Lobato, e sendo algum tempo depois publicada uma mensagem atribuída a Monteiro Lobato e 'recebida' por Chico Xavier, apressou-se Godofredo Rangel a examiná-la. Declarou, a seguir, à imprensa: 'Não é o estilo de Monteiro Lobato e a senha combinada não foi dada'". 
Alguns contestam dizendo que o morto não se interessaria em revelar essas coisas. Mas, ora, era desejo do próprio! Acaso ele muda de ideia e de fé ao morrer?
Outra experiência com senha famosa, nos EUA, foi do mágico Houdini, que deixou dezenas de mensagens a serem abertas durante 50 após sua morte. Isso ocorreu em 1926. Até 1976 ninguém conseguiu acertar nenhuma das senhas, embora muitos médiuns tenham tentado. 


2. Uma história baseada em fraudes


O Espiritismo moderno começa em Hydesville (NY, EUA) em 1848. O pastor protestante John Fox, sua esposa e as duas filhas Margarida e Catarina conversavam sobre fenômenos de "assombração"; produziram-se estalos e pancadas pela casa. Concluíram que um espírito "desencarnado" estava em comunicação com a família. Iniciou-se aí uma nova forma de comunicação: que os interessados se colocassem em torno de uma mesa, em cima da qual poriam as mãos; às interrogações que fizessem aos espíritos, a mesa responderia com golpes e movimentos indicadores de letras do alfabeto e de palavras.
A prática correu o mundo, as irmãs apresentavam-se em eventos, e em 1854 encontrou na França o grande doutrinador: Léon Hippolyte-Denizart-Rivail, que tomou o nome de Allan Kardec, pois julgava ser a reencarnação de um poeta celta do mesmo nome.

A fraude das irmãs Fox

Com a palavra, Margaret Fox, depoimento publicado no jornal "The New York Herald", de 24/9/1888:

"Quando o espiritismo começou, Kate e eu éramos criancinhas e essa velha mulher, minha outra irmã, fez de nós seus instrumentos. Nossa mãe era uma tola. Era uma fanática. Assim a chamo porque era honesta. Acreditava nessas coisas. De fato, o espiritismo começou com um nada. Éramos apenas criancinhas inocentes [...] Nossa irmã serviu-se de nós em suas exibições; ganhávamos dinheiro para ela. [...]
Dei exibições com minha queridíssima irmã Kate. Sabia, então, é claro, que todos os efeitos por nós produzidos eram absolutamente fraudulentos. Ora, tenho explorado o desconhecido na medida em que uma criatura humana o pode. Tenho ido aos mortos, procurando receber deles um pequeno sinal. Nada vem daí - nada, nada.  
Por sua vez, a Sra. Katy Fox , deixou o seguinte testemunho, publicado no "The New York Herald", de 10/10/1888:

"O espiritismo é fraude do princípio ao fim. É a maior impostura do século. Não sei se ela já lhe disse isso, mas Maggie e eu começamos quando éramos crianças muito pequeninas, pequenas e inocentes demais para compreendermos o que fazíamos. Nossa irmã Leah contava vinte e três anos mais que nós. Iniciadas no caminho do engano e encorajadas a isso, continuamos, é claro. Outros, com bastante idade para se envergonharem de tal infâmia, apresentaram-nos ao mundo. Minha irmã Leah publicou um livro intitulado O Elo que faltava ao Espiritismo. Pretende contar a verdadeira história do movimento, tanto quanto se originou conosco. Ora, só há no livro falsidade, do início ao fim. Salvo o fato de que foi Horace Greeley que me educou. O restante é uma cadeia de mentiras".
[...] Em Londres, fui, disfarçada, a uma sessão privada em casa de um homem rico. Vi uma chamada materialização. O efeito foi obtido por meio de papel luminoso cujo brilho se refletia sobre o refletor."

O que se depreende dos depoimentos das irmãs Fox, iniciadores do movimento espírita, é que agiam sob coação da irmã mais velha e, posteriormente, de gente interessada no retorno financeiro do espetáculo mediúnico. Confessam que haviam truques, mas também fenômenos extrasensoriais e paranormais involuntários, descobertos e tratados (psiquiatricamente).


O charlatão Chico Xavier

Vamos deixar apenas uma imagem para provar este subtítulo. O leitor interessado que pesquise mais sobre o assunto. Basta digitar "charlatão Chico Xavier" no seu buscador.
O jovem Chico Xavier, um "espírito" (sua secretária vestindo um lençol) e a produção de "fenômenos mediúnicos".


 3. Reencarnação

A reencarnação é crença antiquíssima, porém sem fundamento e carece de boa lógica.
Os testemunhos de "vida pregressa" obtidos via transe hipnótico nada mais são que produtos da imaginação, que colhe experiências e impressões reais e formula personagens, de acordo com o ânimo de espírito ou as sugestões do hipnotizador. É comum que a maioria das histórias de vida pregressa sejam de personagens interessantes e até famosos. 
A reencarnação não explica as mazelas desta vida, como querem os espíritas. Segundo os princípios reencarnacionistas, quem atualmente é doente e pobre é um pecador que está expiando pecados da vida passada, ao passo que os ricos e sadios são pessoas virtuosas que estão recebendo o prêmio dos atos bons praticados em encarnação anterior. Ora, tais conclusões são absurdas. A "sorte" de cada pessoa está ligada ao seu ambiente, às suas escolhas e à ajuda que recebe de seus próximos. As desgraças, os males físicos ou morais são consequência da própria natureza imperfeita humana, do pecado ou de caso fortuito. É muito mais lógico pensar que a precariedade desta vida se suplementa com a possibilidade de uma vida futura sendo a mesma pessoa.
Além disso, se me reencarno para ser melhor que a vida passada, como poderei ser melhor se não aprendi com os erros? Se não me lembro, não conheço, não posso aperfeiçoar.
Numa perspectiva monoteísta (como os espíritas dizem crer em Deus), segundo a qual Deus é distinto do mundo e do homem, é lógico que o homem, limitado e falho como é, necessita de Deus para se auto-realizar plenamente. Nesse sentido, não é uma sucessão de tentativas de novas vidas que poderá aperfeiçoar o homem, mas uma única vida vivida segundo as oportunidades que Deus dá.
No fundo, os espíritas são panteístas: creem que somos parte de Deus, centelhas divinas, bem como o mundo, que seria uma emanação de Deus. 


4. "Fora da Caridade não há Salvação"

O Espiritismo apregoa em alta voz a prática da caridade, sem a qual não há salvação. - Tem razão em afirmar a importância da caridade. Todavia os espíritas chegam a relativizar a verdade, como se esta fosse algo de secundário, que não se teria de levar em consideração. - Ora observamos que o ser humano foi feito para apreender a verdade com a sua inteligência e praticar o bem e o amor em seu comportamento. Por isto não se pode dizer que basta a caridade para a salvação eterna. Em nome da caridade mal entendida (ou mal iluminada pela razão e a fé), podem-se cometer autênticas aberrações; a caridade desorientada pode tornar-se mero rótulo que dê aparência legitima ao egoísmo e à exploração do próximo. - De resto, a prática da caridade não é apanágio do Espiritismo, pois a Igreja Católica durante toda a sua história (portanto já muito antes de Allan Kardec) sempre se empenhou pela sorte dos carentes tanto de corpo como de alma; muitos e muitos Santos foram e são verdadeiros heróis do serviço ao próximo.

Sendo assim, o que o espiritismo pratica não é caridade, mas mera filantropia como moeda de troca para se livrar de um suposto "karma". A caridade é amor desinteressado, movido pelo amor de Deus e para Deus, que nos amou primeiro, sem que possamos dar nada a Ele em troca. É como que um dever de gratidão. Não crendo em um única vida, os espíritas querem apenas aliviar o corpo nesta vida. A caridade cristã, porém, é caridade na verdade, que busca salvar também a alma com a propagação da verdade, não do relativismo.


5. Toda a verdade, sobre esta vida e a próxima, sobre Deus e o mundo, está na Igreja Católica

Isso exclui, definitivamente, qualquer doutrina diferente. Se há duas afirmações contraditórias, uma é verdadeira e a outra é falsa. A Religião não é só fé ou sentimentos. Deve estar apoiada na razão, na verdade.
Não convém silenciar a verdade sob o pretexto de boa convivência religiosa. É possível conviver bem com pessoas de outra fé, mas não é possível faltar com a verdade. Amar ao próximo é também jogar luzes sobre sua inteligência. 

Para provar que a fé católica é verdadeira em sua totalidade, veja os seguintes folhetos: 
  1. Jesus Cristo mentiu? - fatos sobre a existência de Jesus, dos Evangelhos e da Igreja.
  2. "A Minha Igreja" - sobre a única e verdadeira Igreja de Cristo.
  3. Por que creio na Igreja Católica? - porque temos certezas. 
Veja também:
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Fontes consultadas, copiadas e adaptadas: 
Monteiro Lobato e as senhas que desmascararam Chico Xavier 

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Formação Católica online

www.cursoscatolicos.com.br

terça-feira, 5 de setembro de 2017

É pensamento comum que a Igreja é "Santa porque é fundada em Cristo,  e pecadora porque é formada por homens".
Contudo, diz o Catecismo:
 "827. A Igreja «é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque ela não possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem em pecado e nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo»".
 Mas a Igreja não é o Corpo de Cristo? Nós não somos membros desse Corpo?
Sim e sim.

Nós, membros da Igreja, não somos pecadores? Então a Igreja não é pecadora?
Sim e não!

O pecado dos membros não atinge a alma da Igreja, que é Cristo. Um membro defeituoso não torna a pessoa inteira defeituosa.
Ademais, a Igreja não é formada por homens. É o Corpo místico de Cristo.
Uma pessoa que perca todos os seus membros, deixa de ser pessoa? Não! A pessoa é mais que membros. Por isso dizemos que um embrião, ou um zigoto humano, de uma só célula, já é pessoa, pois já possui alma.
Não são as pessoas que fazem a Igreja, mas é Cristo. As pessoas juntam-se ao Corpo de Cristo, que já está lá, perfeito e imaculado. Se as pessoas não se incorporam à Igreja, ou se ela resta apenas com uma pessoa, ou mesmo nenhuma, nesta terra, ainda é a Igreja, e ainda é toda santa.
O pecado dos homens não afeta a santidade da Igreja, apenas a encobre aos olhos do mundo.
http://www.cursoscatolicos.com.br/
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Curso Teológico Pastoral Completo
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